Bandeirantes | Forvis Mazars: conheça as curiosidades e os recordes do torneio do Ranking Mundial
Jogado desde 1996, o Campeonato Bandeirantes | Forvis Mazars Championship 2025, que será disputado de 7 a 9 de março, sexta-feira a domingo – logo após o Carnaval – no Arujá Golf Clube, em Arujá (SP), completa 30 anos de sucesso, com muitos recordes e histórias inusitadas. Esta será a primeira competição adulta do calendário brasileiro de 2025 válida para o Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR), além de contar pontos para os rankings Nacional e da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe), que organiza este que é o segundo torneio mais importante de seu calendário, atrás apenas do Aberto do Estado de SP.
De 1996 a 2006, a competição tinha o nome de Aberto da Cidade de São Paulo e estava restrita aos três clubes da capital: Clube de Campo, Guarapiranga e São Paulo Golf Club. Para poder estender o evento para outras cidades, o torneio passou a ter o nome de Campeonato Bandeirantes de Golfe, de 2007 até hoje. De 2019 a 2021 o nome oficial foi mudado para Honda Open – Campeonato Bandeirantes de Golfe, e, a partir de agora, para Campeonato Bandeirantes | Forvis Mazars Championship.
Pandemia – Entre as curiosidades que marcam a história do Campeonato Bandeirantes | Forvis Mazars Championship está a decretação da Pandemia de Covid-19. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o estado de pandemia no dia 11 de março de 2020, véspera da volta de treino do Bandeirantes daquele ano, jogado de 13 a 15 de março, no Lago Azul.
O Decreto Legislativo nº 6 do Governo Federal reconhecendo o estado de calamidade pública só foi publicado no dia 20, mas a FPGolfe tomou as medidas possíveis para terminar o torneio no domingo, 15, como a compra de álcool gel e algumas poucas máscaras que havia no comércio, a orientação para evitar aglomerações na sede do clube, além de levar a premiação para uma área aberta, ao lado da piscina. Foi a última competição oficial de golfe no Brasil por 16 meses.
Depois de um grande esforço para o governo estadual reconhecer o baixíssimo risco de contágio do golfe, tomadas as devidas precauções, como chegada e saída nos clubes imediatamente antes e após o jogo, fechamento dos restaurantes e fim das cerimônias de premiação, o golfe pode voltar à atividade em São Paulo justamente o Aberto Bandeirantes de 2021, novamente no Lago Azul, mas somente em julho, após um hiato de 16 meses. Desta forma, o Bandeirantes foi jogado sem interrupção em todos os anos do calendário.
Holes-in-one – O Bandeirantes tem ainda um recorde que dificilmente será batido, o de quatro holes-in-one no mesmo final de semana, na edição de 2019, no Clube de Campo. Foram quatro aces, de quatro jogadores, todos conseguindo esse feito pela primeira vez em suas carreiras, dois no mesmo buraco em cada dia, com os de domingo valendo um carro Honda HR-V Touring. O festival de holes-in-one começou no sábado, ambos no buraco 5 (sem prêmio), feitos por dois jogadores com 56 anos de diferença entre eles: Osmar da Costa Sobrinho, do Clube de Campo, então com 68 anos; e João Bosseto, do Paradise, de apenas 12 anos.
Mas as emoções maiores estavam reservadas para domingo quando mais dois holes-in-one aconteceram no buraco 8, onde havia o carro Honda de prêmio. Junko Tsuchiya embocou primeiro, no penúltimo buraco do dia (começou pelo 10), e ela ainda comemorava após a rodada, quando Rogério Cardoso, do Damha, também embocou de primeira no buraco 8. Junko ganhou o sorteio pelo carro previsto no regulamento, mas ambos já haviam se comprometido previamente, através de um documento, a dividir o prêmio.
Ranking Mundial – A partir de 2011, o Aberto Bandeirantes passou a valer para o Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR), além dos rankings nacional e paulista. Mas, em 2012, a Confederação Brasileira de Golfe decidiu deixar apenas uma competição nacional por estado e o torneio foi rebaixado, passando a valer só para o ranking paulista naquele ano. Felizmente isso mudou em 2013, e desde então o Bandeirantes nunca mais deixou de valer para o Ranking Mundial.
Graças a isso, Manuela Barcellos, a Manu, campeã em 2021, no primeiro evento pós-pandemia, marcou seus primeiros pontos para o Ranking Mundial. E, em 2023, a beneficiada foi Beatriz Menga, a Bia, de apenas 13 anos, que mesmo terminando em segundo lugar marcou pontos suficientes para entrar para o WAGR, no torneio onde a carioca Valentina Bosselmann conquistou o bicampeonato.
Pentacampeões – Os recordistas de vitórias no Bandeirantes são Marcos Negrini, do Damha, no masculino, e Lauren Grinberg, do Lago Azul, e Priscila Iida, do Arujá, no feminino, com cinco títulos cada. Negrini e Lauren conquistaram seu quinto título do torneio em 2024, no Quinta do Golfe. Negrini foi tricampeão de 2012 a 2014, começando a série como juvenil, e voltou a vencer em 2023 e 2024. Lauren venceu pela primeira vez em 2011, foi bicampeã em 2016 e 2017, e voltou a vencer em 2019 e 2024.
O segundo maior ganhador no masculino é Roberto Gomez, com quatro títulos. Ele venceu a edição inaugural, em 1996, no Guarapiranga, e voltou a ganhar em 2001, 2006 e 2010. Depois dele, o maior ganhador é o coreano Jinbo Há, tricampeão de 2016 a 2018. Há ainda três jogadores com dois títulos cada: Pedro da Costa Lima, o Pepê (2008 e 2011); Rogério Bernardo, bicampeão em 2004 e 2005; e Octávio Villar, o Fanta (2002 e 2009).
Feminino e profissionais – No feminino, Priscila Iida foi tetracampeã de 1997 a 2000 e voltou a vencer em 2002. Patrícia Carvalho venceu três vezes (2003, 2004 e 2006). Duas jogadoras têm dois títulos: Ruriko Nakamura (2010 e 2012) e Luiza Altmann (2014 e 2015). No feminino destaque ainda para o título de Candy Hannemann, do Gávea, que fez dobradinha com Roberto Gomez, em 1996. O único estrangeiro a vencer o Bandeirantes foi a paraguaia Alessandra Arza, em 2011.
O Bandeirantes teve também a participação dos profissionais por duas vezes, a primeira em 2020, no torneio jogado no começo da pandemia e vencido por Rafa Barcellos. Em 2024, no Quinta do Golfe, o campeão foi Felipe Navarro, que registrou um outro recorde impressionante do Bandeirantes ao fazer dois eagles-3 consecutivos no segundo dia.
Campos – Os clubes que mais sediaram o Bandeirantes foram o Guarapiranga e o Clube de Campo, oito vezes cada, a maioria quando o torneio se limitava à cidade de São Paulo, sendo que de 2004 a 2006 o evento foi realizado nos dois campos. O Lago Azul sediou o Bandeirantes quatro vezes, marca que será igualada este ano pelo Arujá, que não recebia a competição desde 2011. O Terras de São José sediou o Bandeirantes três vezes, e o Ipê de Ribeirão Preto duas. Completa a lista o São Paulo, que só recebeu o torneio em 1997.
Fonte: O Portal Brasileiro do Golfe