Casa da Paz: Becker vira jogo, em final emocionante, para vencer pelo segundo ano seguido

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O profissional Rafael Becker venceu de virada o 23º Torneio Beneficente de Golfe Casa da Paz, disputado de quinta e sexta-feira, dias 5 e 6 de dezembro, no São Fernando Golf Club, em Cotia (SP). Os profissionais disputam uma bolsa recorde de R$ 130 mil, sendo R$ 110 mil para a competição individual, com R$ 15 mil para o campeão, e mais R$ 20 mil para os profissionais integrantes das cinco melhores duplas do Pro-Am, com R$ 6 mil para o campeão.

Quem saiu na frente na competição que reuniu 48 profissionais de cinco países, incluindo quase todos os melhores do Brasil, e mais dois amadores classificados na seletiva da véspera do torneio, foi justamente o amador Guilherme Grimberg, que compete pela equipe da Florida Atlantic University, na NCAA. Depois de garantir vaga na chave principal ao terminar em primeiro na seletiva, Gui estreou com a melhor volta de sua carreira ao fazer dez birdies, numa volta sem bogey, para jogar 61, 10 abaixo, e abrir três tacadas de vantagem sobre os profissionais.

Na segunda rodada, no entanto, o jogo de Guilherme não encaixou como no dia anterior. Mesmo assim, ele chegou ao tee do buraco 17 no par do campo no dia, empatado em primeiro com Rafa Becker, do São Fernando, que joga na Gira Mexicana e PGA Américas. Mas Guilherme jogou uma bola fora de campo nesse buraco de par 5 e não escapou de um bogey. Becker, que vinha com um jogo sólido, fez seu quinto birdie do dia no 17, para passar à frente pela primeira vez na semana, agora com 11 abaixo e duas tacadas de vantagem sobre Gui.

Vitória – No tudo ou nada, Guilherme ainda tentou ir de primeira para o green do 18, um par 4 “draivável”, mas viu sua bola se desviar para a esquerda e parar na raia do 17, bem abaixo do green elevado do buraco final. De lá, Guilherme ainda fez o par, mas não valia mais nada. Vencendo por duas, Becker jogou na segurança, para o meio da raia e para o meio do green, e quase fez novo birdie no 18. Bastou empurrar a bola para fazer o par e vencer com 131 (64-67) tacadas, 11 abaixo do par.

Guilherme, que subiu 11 tacadas em relação à estreia, para fazer o pior resultado do dia entre os dez primeiros colocados, acabou apenas empatado em terceiro, com 133 (61-72) tacadas, 9 abaixo. Ele ainda dividiu o terceiro lugar com outro amador, Eduardo Matarazzo, do São Fernando, que fez seis birdies e um eagle no 18, onde colocou a primeira no green e embocou, para fazer o melhor resultado do dia e segundo melhor do torneio e somar 133 (70-63). Como ambos são amadores, eles podiam receber apenas R$ 6 mil cada, o equivalente a US$ 1 mil, limite estabelecido pelo Estatuto do Amador.

Líderes na sede – Eduardo Matarazzo, que saiu uma hora antes do pelotão, foi o líder na sede, com 9 abaixo, até a chegada do penúltimo grupo do dia, que tinha o paraguaio Gustavo Silveiro, que começou a rodada final com 5 abaixo. Silveiro, que fez cinco birdies na rodada, incluindo um eagle-3 no buraco 13, onde embocou de fora, chegou ao buraco final com 10 abaixo e chances de vencer.

Silveiro também arriscou tudo, tentando ir de madeira 3 para o green do 18, mas errou pela esquerda e, de lá de baixo, da raia do 17, teve que bater a segunda de lado, para a entrada do green, de onde quase embocou para birdie. Terminou sozinho em segundo, com 132 (66-66), 10 abaixo.

O português Pedro Figueiredo, que joga seu quinto ano no Tour Europeu, terminou em quinto com 134 (65-69), oito abaixo. Ronaldo Francisco, número 1 do ranking nacional, terminou em sexto com 135 (69-66), seguido por Daniel Kenji Ishii, com 136 (67-69); pelo chileno Nico Geyger, com 138 (69-69), e por Axell Balestre 139 (69-70). Outros três brasileiros empataram em décimo, com 140, duas abaixo: Rafa Barcellos (71-69); Rodrigo Lee (70-70) e Ulisses de Toledo Junior (67-73).

Pro-Am – Não menos emocionante foi a disputa do Pro-Am, jogado em equipes formadas por um profissional e um amador, que “comprou” sua vaga ao lado do profissional de sua preferência num leilão beneficente na véspera, que arrecadou R$ 120 mil, praticamente todo o valor da bolsa dos profissionais. O jogo foi na modalidade Melhor Bola, valendo ou a do profissional, ou a do amador, descontado seu handicap.

Eduardo Ferreira e Renato Gama, do São Fernando, foram os campeões com 61 tacadas, dez abaixo do par. Rodrigo Lee e Antônio Lang ficaram em segundo, com 62 (-9), mesmo total de Gustavo Silveiro e David Somlo, que ficaram em terceiro nos critérios de desempate. Alessandro Dantas e Jean Pessey, ficaram a seguir, com 63 (-8), empatados com Daniel Kenji Ishii e Clovis Salioni; Pablo Rua e Catherine Duvignau; Felipe Navarro e Mark Mayers ; e Ronaldo Francisco e Antônio Steve.

Sucesso – O torneio deste ano teve recorde de patrocinadores e de arrecadação, com perto de R$ 700 mil ficando para a Casa da Paz, dinheiro que poderá manter a instituição por quase um ano. Um merecido retorno pra o incansável trabalho de Antônio Steve, presidente da Casa da Paz, e Rodrigo Somlo, vice-presidente da Casa da Paz e presidente do São Fernando.

Premiação – A apresentadora Cláudia Tenório comandou a entrega de prêmios que teve a mesa composta por Antônio Steve, Rodrigo Somlo, Juan Miguel Cavalieri, da PGA do Brasil, e Mauro Batista, diretor executivo, representando a Federação Paulista de Golfe (FPGolfe). O almoço de paellas terminou com o sorteio de dezenas de brindes entre os participantes, funcionários do clube, caddies, e crianças da Casa da Paz.

Fonte: Confederação Brasileira de Golfe