The Players Championship: Rory McIlroy defende título do torneio que não terminou

icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin

Um ano depois de ser interrompido, no intervalo da primeira para a segunda rodada, por causa do rápido e assustador impacto com que a pandemia chegou aos EUA, o The Players Championship retorna ao TPC Sawgrass, na Flórida, de quinta a domingo desta semana, 11 a 14 de março, para o mais importante e bem pago torneio do PGA Tour. Houve quem defendesse a ideia de que o resultado da primeira rodada de 2020, que o estreante Hideki Matsuyama liderava com 63 tacadas,  fosse mantido, mas o PGA Tour decidiu que havia cancelado – e não suspendido – a competição. Matsuyama, então, estreará no The Players pela segunda vez.

A importância do The Players pode ser facilmente medida em números. Mas se quantificá-lo não basta para fazer dele o quinto major, como sonham alguns, algo impossível por não ser um evento oficial dos demais circuitos, apenas do americano, é inegável ser o The Players o quinto mais importante torneio de golfe do mundo. Apenas os quatro majors distribuem mais pontos para o ranking mundial ao campeão (100), do que o The Players (80). Até os quatro eventos dos World Golf Championships ficam atrás, distribuindo entre 74 e 78 pontos, conforme o “peso” dos participantes.

Prêmio recorde – O PGA Tour não poupou esforços para colocar o The Players até acima dos majors, ao menos no que se refere sua premiação, que não para de crescer e aumentou sobremaneira nos últimos anos. Em 2020, a bolsa total chegou a US$ 15 milhões, bem mais do que os US$ 12,5 milhões pagos pela US Open, o major organizado pela USGA.

O prêmio de US$ 15 milhões foi mantido para este ano, com o campeão recebendo US$ 2,7 milhões, o equivalente a mais de R$ 15,6 milhões – uma Mega-Sena gorda – pelo câmbio destes tempos bicudos de dólar beirando os seis reais. Não é por acaso que todos os Top 10 do mundo e 18 dos Top 20 estarão em campo no torneio mais forte do ano até agora.

Depois de cancelar o The Players de 2020, o PGA Tour suspendeu o seu circuito por três meses – 12 semanas – até que a pandemia fosse mais bem entendida. Nessas 12 semanas, o ranking mundial de golfe também ficou congelado. Nesse intervalo o PGA Tour estabeleceu um rigoroso protocolo de segurança para a volta das competições, mas sem público, algo que só começa a ser flexibilizado agora, aos poucos, com a vacinação em massa e a queda nos índices de contágio e mortes nos EUA.

Retorno de sucesso – Após a volta do circuito americano à atividade, em maio, ainda houve casos esporádicos de Covid-19 entre os jogadores e caddies, identificados por um complexo sistema de testagens, pré e pós torneios. Os que haviam contraído o vírus eram imediatamente retirados do evento e colocados em quarentena, testando-se mais uma vez todos com quem tiveram contato.

Sem uma “bolha”, como a da NBA, contaminados ainda aparecem, aqui e ali, como Danny Willett, substituído esta semana por Kramer Hickok, mas o sucesso do esforço do PGA Tour é inegável, com o golfe dando um exemplo ao mundo. Algo bem diferente do futebol, sobretudo no Brasil, onde pencas de jogadores do mesmo time são contaminados ao mesmo tempo, seja em treinos, jogos ou viagens.

Stadium Course – O campo do TPC Sawgrass, que Pete Dye desenhou em 1980 inaugurando o conceito de Stadium Course, algo que ele repetiu ao projetar o Aretê Búzios, é uma atração à parte, assim como o seu buraco 17 e seu um green-ilha assustador, mas com menos de 140 jardas e nem sempre tão letal quanto parece. Na última edição, em 2019, o green-ilha foi apenas o 12º buraco mais difícil do campo, com média de 0,002 acima do par (94 birdies, contra 31 bogeys , 24 duplos bogeys e 5 triplos ou mais. Nos dois anos anteriores foi o quarto mais difícil, é verdade, mais isso é uma exceção na série histórica. Ainda assim são em média 47 bolas na água no 17 a cada ano.

Com par 72 (36-36) e 7.189 jardas, o TPC Sawgrass é marcado por 88 bancas e muito, mais muita água, que entra em jogo em 17 buracos. Neste é quarto ano em que o The Players é jogado em março, finalzinho do inverno no hemisfério norte, e não mais em maio, o que faz com que a superfície de jogo seja de grama mista, com overseed feito com Poa Trivialis, ainda presente sobre a bermuda TifEagle. Tees, fairways e rough são de Celebration e overseed com champion fine ryegrass.

A velocidade dos greens pode não estar tão rápida como de costume no TPC Sawgrass, mas não se espera que Rory McIlroy, que defende o título ganho em 2019, com 272 (67-65-70-70) tacadas, 12 abaixo e uma de vantagem sobre Jim Furyk, venha a repetir o muxoxo de pouco caso de quando contou que bateu ferro 5 em cada um dos pares 3 do Arnold Palmer Invitational. O TPC Sawgrass tem greens intrincados e uma grande flexibilidade de locais para a bandeira e tees que sempre são combinados de maneira instigante.

Todas as tacadas ao vivo – Uma coisa é inegável. Assistir o The Player na tevê promete ser inesquecível. O PGA Tour vai usar mais de 90 câmaras espalhadas pelo campo para que nenhuma tacada deixe de ser gravada e mostrada no PGA Tour Live (golfe.tv). Pode-se escalar esta semana um novo degrau das transmissões ao vivo.

Infelizmente ou não, ver Bryson DeChambeau, campeão do Arnold Palmer Invitational repetir os drives heroicos e arriscados com que passou de voo o lago do 6 no final de semana, não será fácil. Ao menos no buraco 18, que ele pretendia jogar pela raia do 9, do outro lado do lago que margeia o buraco final do tee ao green, onde há mais área de pouso segura e de onde é possível atacar a bandeira com menor risco.

Sihota Line – Na verdade, DeChambeau estaria apenas copiando o que o jovem Jeevan Sihota fez nas três rodadas do AJGA Junior Players Championship, em setembro, o que ficou conhecido como “The Sihota Line”. Essa manobra com um tiro de 350 jardas sobre o lado para a raia do 9, restando 170 jardas para o green, lhe garantiu um birdie no primeiro dia e, mesmo acertado todos os drives, bogeys nas duas voltas finais.

DeChambeau alardeou que faria o mesmo nesta semana, mas o PGA Tour foi mais rápido e lhe cortou as asinhas. O Comitê de Regras declarou o lado esquerdo do lago do 18 como Out of Bounds (O.B.), ou seja, fora de campo, para quem bate do tee do buraco final. A “Sihota Line” foi derrota pela “Bryson Rule”.

Veja os horários completos de transmissão

(Para hora oficial do Brasil acrescente duas horas)

Obs. A ESPN 2 transmite para o Brasil sexta e domingo, na íntegra, das 14 horas às 20 horas, mas quinta e sábado está previsto iniciar a transmissão com atraso, às 16h50 e às 15h45, respectivamente). Já a ESPN Play segue os horários da golf.tv, mas canal único, sem as opções do PGA Tour Live

1          Quinta, 11       12:00 PM – 06:00 PMGOLF
2          Sexta,12          12:00 PM – 06:00 PM GOLF
3          Sábado, 13      01:00 PM – 06:00 PM NBC
4          Domingo 14    01:00 PM – 06:00 PM NBC

PGA TOUR LIVE (golf.tv)

1          Quinta, 11       06:30 AM – 06:00 PM           Featured Groups
1          Quinta, 11       08:00 AM – 06:00 PM           Featured Holes
1          Quinta, 11       06:40 AM – 08:00 PM           Every Shot Live
2          Sexta,12          06:30 AM – 06:00 PM           Featured Groups
2          Sexta,12          08:00 AM – 06:00 PM           Featured Holes
2          Sexta,12          06:40 AM – 08:00 PM           Every Shot Live
3          Sábado, 13      07:45 AM – 06:00 PM           Featured Groups
3          Sábado, 13      12:00 PM – 06:00 PM Featured Holes
3          Sábado, 13      07:50 AM – 06:00 PM           Every Shot Live
4          Domingo 14    07:45 AM – 06:00 PM           Featured Groups
4          Domingo 14    12:00 PM – 06:00 PM Featured Holes
4          Domingo 14    07:50 AM – 06:00 PM           Every Shot Live

PGA TOUR Radio

1          Quinta, 11       11:00 AM – 06:00 PM           PGA TOUR RADIO
2          Sexta,12          11:00 AM – 06:00 PM           PGA TOUR RADIO
3          Sábado, 13      12:00 PM – 06:00 PM PGA TOUR RADIO
4          Domingo 14    12:00 PM – 06:00 PM PGA TOUR RADIO

Fonte: O Portal Brasileiro do Golf