Novo presidente do Tour Coreano perdoa atleta, que volta ao circuito mundial esta semana

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O sul-coreano Bio Kim batia o drive o buraco 16 do último dia, a caminho de vencer seu segundo torneio do ano do Tour Coreano, no final de setembro de 2019, quando o flash de um celular relampejou em seus olhos no meio do backswing. Imediatamente após bater na bola, Kim virou-se para o lado de onde veio a luz e mostrou o dedo médio da mão direita para a plateia e bateu o taco com força no chão.

Apesar da distração, Kim quebrou o par do campo pelo quarto dia consecutivo, venceu aquele torneio, o DGB Financial Group Volvik Daegu Gyeongbuk Open, com 17 abaixo do par, pediu desculpas pelo destempero, mas dois dias depois foi surpreendido por uma pena nunca vista antes no golfe mundial: três anos de suspensão, 10 milhões de wons (KRW) de multa (US$ 8,5 mil) e 120 horas de trabalho comunitário. Kim decidiu não recorrer da pena e ficou quase um ano sem jogar.

Perdão – A sorte de Kim foi que uma nova diretoria assumiu o Tour Coreano (KPGA) e o presidente da entidade sensibilizou-se com a campanha #freeBio que explodiu nas redes sociais coreanas e decidiu perdoar dois anos da pena de Kim, que voltará a jogar nesta semana,= no Hedges Golf KPGA Open, no Ildong Lakes Golf Club, um torneio com ₩ 500 milhões (US$ 421 mil) em prêmios. O restante não foi perdoado: a multa foi paga e o trabalho comunitário prestado.

Por causa da pandemia de Coronavírus, Kim acabou perdendo poucos torneios. Os dois que restavam da temporada de 2019 (Hyundai Maritime Choi Gyeong-ju Invitational e Genesis Championship) e os cinco – metade – dos previstos para este ano. A temporada só começou em julho e restaram ainda mais quatro torneios, justamente os quatro mais bem pagos do ano.

Carreira – O melhor ano da carreira amadora de Kim foi em 2008, quando ele foi campeão coreano e japonês, antes de defender seu país no Troféu Eisenhower, o Mundial Amador, na Austrália, com sua equipe terminando em 15º lugar. O Brasil ficou em 35º lugar jogando com Felipe Lessa, o Torito; Pedro da Costa Lima, o Pepê e Máximo Kopp.

Kim virou profissional em 2009 e na temporada seguinte, em 2010, venceu seu primeiro torneio do KPGA, o Johnnie Walker Open, por seis tacadas de vantagem. Em maio de 2012 venceu mais dois eventos seguidos do KPGA, válidos também para o extinto OneAsia Tour, onde já havia vencido um torneio em 2011.

Após tentar a sorte do Web.com Tour, nos EUA, em 2013, onde passou apenas dois cortes, Kim retornou para seu tour local, com fracos resultados de 2014 a 2018, quando seu melhor desempenho foram dois Top 4. Kim havia reencontrado seu jogo com as duas novas vitórias, quando foi suspenso.

Fonte: Golf.esp.br