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As paulistas Lauren Grinberg, da Barry University de Miami, e Fernanda Lacaz, do São Fernando, e Laura Caetano, de Brasília, estreiam nesta quarta-feira, 29 de agosto, no Espírito Santo Trophy, a competição feminina do 28º Campeonato Mundial Amador de Golfe por Equipes (WATC, na sigla em inglês), com o objetivo de classificar o Brasil entre a metade melhor da chave recorde de 57 países; O torneio bienal prossegue até sábado, nos campos O’Meara e Montgomerie da Carton House, em Kildare, perto de Dublin, na Irlanda. O Troféu Eisenhower, masculino, será jogado de 5 a 8 de setembro, quarta a sábado da próxima semana.

Antes uma potência do golfe amador feminino mundial, com três colocações entre as dez primeiras, cinco entre as 15 melhores, e 13 entre as Top 20, incluindo o terceiro lugar em Portugal, em 1976, o Brasil não termina entre os 20 primeiros no Mundial Feminino desde o último ano do século passado – 2000 – quando foi 15º colocado. Desde 2010 a situação se agravou, com o time feminino do Brasil terminando 42º lugar, em 2010; 44º, em 2012, na Turquia; 36º, em 2014, no Japão, e 36º em 2016, no México.

Antes da viagem o Brasil perdeu a carioca Beatriz Junqueira, do Itanhangá, contundida, que foi substituída por Fernanda. Roberto Gomez, recordista mundial com 12 participações no WATC, será o delegado e capitão das equipes brasileiras e Luiz Miyamura o técnico. O time masculino, composto pelo paulista Lucas Park, do Paradise, que acaba de vencer o Campeonato Juvenil do Chile; pelo gaúcho Herik Machado, do Belém Novo, e pelo carioca Daniel Kenji Ishii, do Itanhangá, viaja no final da semana.

Favoritas – A Coreia, que venceu três das quatro últimas competições do WATC (2010, 2012 e 2106), deverá ser a principal adversária dos EUA, recordista com 13 títulos, e que jogará com as três melhores do ranking mundial amador de golfe (WAGR): Jennifer Kupcho, a número 1 do mundo; Lilia Vu (2) e Kristen Gillman (3). Há ainda mais nove das Top 25 do em campo: a suíça Albane Valenzuela (6), a sueca Frida Kinhult (7), a alemã Leonie Harm (15), as canadenses Maddie Szeryk (16) e Jaclyn Lee (21), a italiana Alessia Nobilio (18), a coreana Ayean Cho (20) e a japonesa Yuka Yasuda (22).

A americana Kristen Gillman e a sueca Linn Grant jogaram este ano tanto no British Women’s Open, como no U.S. Women’s Open, dois dos majors do golfe profissional feminino. Duas – a sueca Frida Kinhult e a francesa Agathe Laisene – , jogaram no Women’s Open, enquanto outras três – a alemã Sophie Hausman, a irlandesa Olivia Mehaffey e a suíça Valenzuela – jogaram no U.S. Women’s Open. Oito jogadoras em campo também participaram da Curtis Cup, a versão feminina da Walker Cup, ambas jogadas nos moldes de Ryder Cup.

Como curiosidade, a Beatriz Arenas, da Guatemala, vai participar pela 11º vez do WATC, aos 70 anos. Ela que é pintora especializada em natureza e animais, já participou oito vezes como jogadora e três como capitã, funções que exercerá novamente este ano. A brasileira Elizabeth Nickhorn, de Porto Alegre, é a recordista mundial na chave feminina do WATC, com 11 participações como jogadora.

Formato – O campeonato é jogado em 72 buracos, valendo os dois melhores resultados por país a cada dia. Nos dois primeiros dias, as jogadoras se revezarão entre os dois campos. No terceiro dias os melhores times – a metade superior da chave – jogará no Montgomerie Course, ficando a decisão do título para o O’Meara Course. A metade inferior da chave após os dois primeiros dias fará o inverso, jogando primeiro no o O’Meara Course e depois no Montgomerie Course, independente dos resultados do terceiro dia.

Em caso de empate para determinar quem fica na parte superior da chave ou na parte inferior, para a terceira rodada, o desempate será feito pelo resultado descartado no segundo dia e depois pelo resultado não usado no primeiro. Se nem isso resolver, vale quem jogou melhor no segundo dia. O mesmo critério vale para determinar os grupos da terceira e quarta rodadas.

Nos dois primeiros dias as três jogadoras saem a campo em grupo subsequentes, em ordem determinada pelo capitão. Nas duas rodada finais, o emparceiramento é feito pelo total de tacadas. Além do Troféu Espírito Santo, a equipe campeã ganha medalhas de ouro; a vice-campeã de prata e a terceira colocada de bronze. O melhor resultado individual do torneio receberá homenagem na cerimônia de encerramento, mas nenhum prêmio ou medalhas.

Saídas – As brasileiras não foram muito beneficiadas no horário de saída. Estreiam nos três últimos grupos, às 12h31 (Lauren), 12h42 (Fernanda), e 12h53 (Laura), com grande risco de pegar mais vento no final, além de greens bem pisados. O Brasil terá como parceiras as jogadoras do Líbano, que jogará pela primeira vez no WATC, e Lituânia.

Fonte: O Portal Brasileiro do Golfe