TPI no Brasil: Uma oportunidade para preparadores físicos no golfe

icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin

Africa Alarcon, preparadora física da Confederação Brasileira de Golfe, concedeu a seguinte entrevista para falar das vantagens que o TPI Nível 1 pode trazer aos profissionais envolvidos na preparação física de golfistas.

A Confederação Brasileira de Golfe (CBG) traz o TPI Nível 1 pela primeira vez ao Brasil este ano, nos dias 13 e 14 de julho. O curso será inteiramente em português. As inscrições já estão abertas, a preços promocionais. As vagas são limitadas.

VEJA MAIS INFORMAÇÕES E FAÇA SUA INSCRIÇÃO

Quando e onde você fez o seu TPI nível 1?

Africa – Completei meu Nível 1 em Orlando, em 2012, junto com o primeiro World Golf Summit que assisti. Esse congresso bienal que eles realizam foi a minha porta de entrada, e não poderia ter sido melhor. Naquela semana assisti palestras com personalidades como Claude Harmon, Mike Malaska, Sean Cochran e Randy Miers. Foi a experiência que confirmou meu desejo de trabalhar com golfistas. Desde então, tenho mantido meu status ativo frequentando cursos e congressos TPI anualmente.

Que outros TPIs você já fez?

Africa – Eu completei o TPI Fitness Level 3, que é o final da carreira fitness nesta certificação, em 2015. A vertente fitness aborda evolução do treinamento funcional, avaliação e montagem de programas de treinamento para os mais variados públicos. Atualmente estou cursando o Level 2 Medical, que aborda assuntos mais ligados à fisioterapia e avaliação física específica para detectar lesões e ensina as correções necessárias para evitá-las. Este curso é online e como todos os outros possui uma prova ao final para conseguir a certificação.

Que impacto o TPI teve na sua carreira de preparadora física? Valeu o investimento?

Africa – O TPI realmente foi um divisor de águas na minha carreira. Eu comecei estudando sozinha na biblioteca da USP pesquisando sobre lesões de golfe e artigos sobre treinamento. Existe muito material publicado em jornais científicos, mas me faltava a parte prática da profissão. Para isso, o TPI foi decisivo. Aprendi a olhar o golfista de uma maneira mais técnica e observando os pontos da falta do preparo físico que possuem correlação com desvios técnicos e lesões. Através da rede de contatos que o TPI promove no seu site, tive oportunidade de mostrar meu trabalho para o mundo inteiro e manter contato com profissionais da área em diversos países. A certificação em si possui um nome muito respeitado no mundo do golfe. Todo golfista já ouviu falar do TPI. Eles realmente são uma referência de ensino e pesquisa, e isso foi muito importante para o meu posicionamento no mercado. O investimento valeu, e ainda vale a pena, tanto que eu não deixo de manter meu status ativo nunca e nem de frequentar os Summits a cada dois anos.

Qual é a importância da realização de um TPI no Brasil?

Africa – Em todas as minhas certificações, eu tive que me deslocar até os EUA. Contando os gastos do curso, da hospedagem e outros durante um final de semana, os valores sempre passavam de US$ 3 mil facilmente. O valor que eles fizeram para o Brasil é muito reduzido. É uma oportunidade única mesmo! O desconto que eles fizeram e a facilidade de não ter que viajar em dólar facilita muito para o brasileiro e para todos os participantes da América Latina que pretendem vir para o curso.

Hoje, graças a um esforço em conjunto da CBG, principalmente do Daniel Neves (vice-presidente de Regras e Relações Internacionais), vamos poder ser um dos pouquíssimos países da América do Sul a receber o TPI com material traduzido.

Em linhas gerais, o que o preparador físico aprenderá no curso?

Africa – O Nível 1 ensina como entender um gráfico de sequenciamento de swing e aprender a identificar erros técnicos apenas observando as curvas de movimento rotacional dos segmentos. Também vai aprender a identificar os desvios básicos na técnica do swing (sway, slide, pivô reverso, over the top, etc) e entender como estes desvios estão associados à alguma falta de mobilidade, estabilidade ou controle motor. Também vão aprender a fazer a avaliação básica do TPI, que usa testes de movimento para identificar falhas técnicas e possíveis lesões. É a conexão body/swing, ou seja como o corpo afeta a técnica e vice versa.

Que vantagens um curso como o TPI Nível 1 pode trazer para um preparador físico?

Africa – Para um preparador físico que não possui nenhum conhecimento de golfe, o Nível 1 é a porta de entrada, com conteúdo super prático e de fácil compreensão. Para os profissionais que já possuem algum conhecimento do golfe é também muito interessante, pois é a confirmação do que vemos na prática, ou seja, que a maioria das deficiências técnicas possuem um componente físico/coordenativo. O conhecimento adquirido é super prático e atualizado e é útil para profissionais, personal trainers, fisioterapeutas, profesores de pilates e coachs da área mental.

Que vantagens o curso traz para os alunos do preparador físico?

Africa – Os alunos são os primeiros beneficiados! Aliás, recomendo a todos os golfistas que possuem personal trainer que não seja da área que estimule seu professor a fazer o curso, pois o maior beneficiado é o jogador. O professor vai entender melhor suas necessidades, a origem das suas dores, vai poder avaliar seu movimento, tendo em vista a técnica do swing, e vai poder organizar melhor os treinos e escolher melhor os exercícios para atingir os objetivos com mais eficiência.  O seu professor não precisa ser um jogador de golfe nato para poder trabalhar na área, basta ele ter o conhecimento e a curiosidade de aprender diariamente. Para isso o curso do TPI é o primeiro passo.

O golfe é um mercado em ascensão para o preparador físico? O TPI pode representar oportunidades de novos clientes?

Africa – Sim, com certeza. Cada dia mais e mais golfistas entendem como a preparação física é importante para ter uma técnica de swing correta e evitar lesões. A necessidade de profissionais competentes para atender estes golfistas é enorme, principalmente fora dos grandes centros e em cidades como o Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre.

Ter o TPI é um selo de qualidade. Se o profissional conseguiu a certificação, é um profissional competente. Mas novos clientes não aparecem por causa de uma certificação. O estudo constante e a busca de novas especializações ajudam muito a construir um currículo respeitável, porém o que realmente importa é o que o profissional faz com a certificação, qual é sua capacidade de vender seu produto, de agregar valor. O TPI, além de ensinar a parte prática do trabalho com golfistas, é uma lição de marketing e de negócios, é um oportunidade única de ouvir os maiores especialistas no assunto e aprender coisas que vão além do swing.

Fonte: Confederação Brasileira de Golfe