Los Andes: Meninas do Brasil lutam até o fim, mas não evitam o rebaixamento

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Quando embarcou para jogar a Copa Los Andes, o Campeonato Sul-Americano de Golfe por Equipes, na Bolívia, com um time desfalcado e recheado de juvenis e estreantes, a equipe feminina do Brasil sabia que terminar em último lugar era um destino possível e provável, mas também acreditava que com garra e determinação poderia mudar a escrita. A equipe se superou no terceiro dia, escapou da “lanterninha” para terminar em oitavo e penúltimo lugar, mas nem assim conseguiu evitar o rebaixamento, terminando com o mesmo destino que a equipe masculina do Brasil teve na edição anterior.

De uma das principais forças do golfe no continente, com vários títulos da Los Andes e até pódios no Mundial Amador, o Brasil seu viu na posição humilhante de, pela primeira vez na história da mais importante competição da Federação Sul-Americana de Golfe, ter suas duas equipes rebaixadas quase ao mesmo tempo. Os homens voltam a competir em 2018. As mulheres, só em 2019. Um triste pré-olímpico para os Jogos de Tóquio 2020, num momento em restou ao Brasil tem apenas um profissional com cartão para os circuitos mundiais.

Ganhos – Mas nem tudo é motivo de choro no pior momento do Brasil na história do golfe mundial, incluindo amadores e profissionais, homens e mulheres. O Brasil volta de Santa Cruz de la Sierra com um ganho importante: a de duas juvenis que se mostraram prontas para brilhar com a camisa do Brasil em futuro próximo: Fernanda Lacaz, do São Fernando, cujo desempenho fantástico no terceiro dia ajudou o Brasil a sair da última colocação; e Nina Rissi, que vive em Barcelona, na Espanha, e foi o destaque da equipe, tanto em dupla com Lauren Grinberg, a única experiente do time, como nos jogos individuais.

O Brasil que teve na chefia da delegação os paraenses Euclides Gusi, presidente da Confederação Brasileira de Golfe, que comandou a delegação; Luiz Miyamura, o técnico da CBG; e Tatiana Guimarães, ex-juvenil de ponta, que foi a capitã do time, jogou ainda com a carioca Maria Emília Pereira, campeã brasileira pré-juvenil, e Roberta Moretti Avery.

Classificação – Fosse em outro ano, o Brasil não seria rebaixado. Mas como o último colocado foi o Uruguai, sede do torneio de 2018, por regulamento o time não pode ficar fora da competição, transferindo o descenso para o penúltimo, o Brasil. O Uruguai também foi último no masculino, o que fez o Paraguai ser rebaixado.

O Brasil venceu um jogo (Uruguai) e empatou outro (Bolívia) de seus oito confrontos. Depois de fazer esses três pontos, no terceiro dia, as meninas chegaram à rodada final, sábado, precisando vencer a Venezuela para não ser rebaixadas. Ainda venceram um dupla pela manhã, com Lauren e Roberta, e um jogo à tarde, com Lauren, e torceram no final por Fernanda, mas ela foi “dormie” para o 18 e perdeu por 2 up.

Vitória – A Argentina, maior força do golfe do continente, levou os dois títulos da Los Andes 2017, jogada no Las Palmas Country Club, repetindo um feito que conseguiu pela última vez desde 2009, mas pela 16ª vez na história do torneio. No feminino, foram oito vitórias, 16 pontos, contra 13 do Paraguai, defensor do título, o vice-campeão.

No masculino, líder invicta ao começar a rodada final, a Argentina perdeu seus dois jogos de sábado, para Colômbia e Bolívia, terminou empatada em primeiro com o Chile, com 12 pontos, mas foi campeã por ter vencido o confronto direto, no primeiro dia, por incontestes 12 x 0. A Bolívia terminou um ponto atrás, em terceiro, com 11, seguida por Colômbia e Venezuela, com 9.

Fonte: O Portal Brasileiro do Golfe