Rocha inicia temporada do Web.com Tour

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O paulista Alexandre Rocha disputa de domingo a quarta-feira nas Bahamas o primeiro torneio da temporada 2017 do Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour americano. O The Bahamas Great Exuma Classic at Sandals Emerald Bay distribuirá US$ 600 mil em prêmios.

Esse é o primeiro torneio do Web.com Tour a ser disputado de domingo a quarta-feira – geralmente, os torneios acontecem entre quinta-feira e domingo. O campeonato acontece no Emerald Reef Course, desenhado por Greg Norman.

Ao término da temporada, o Web.com Tour distribui 50 cartões para a temporada 2017-18 do PGA Tour. Rocha já disputou o PGA Tour em 2011 e 2012. Nos dois anos seguintes, jogou o Web.com Tour. Em 2015, foi membro do PGA Tour Latinoamérica, temporada em que foi campeão do Aberto do Brasil, disputado no Itanhangá Golf Club, no Rio de Janeiro (RJ). No ano passado, voltou ao Web.com Tour, onde terminou a temporada em 73º no Money List. No total, já ganhou mais de US$ 1 milhão nos circuitos ligados ao PGA Tour.

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Confira abaixo a coluna que Alexandre Rocha escreveu para a mais recente edição da revista Golf & Turismo, onde fala sobre as mudanças em seu jogo para 2017:

Um caminho mais natural

Quando me sentei com meu coach, Jason Birnbaum, logo depois da temporada de 2016 do Web.com Tour, nossa intenção era de fazer uma avaliação geral do que foi bom e do que precisa melhorar para 2017.

Esse tipo de reunião não é incomum, pelo contrário, acontece com frequência tanto no fim do ano, mas também ao longo da temporada para que sempre se possa saber como progredir. Dessa vez, por algum motivo, eu vi que Jason estava inquieto, agitado, como se alguma coisa lhe incomodasse.

Finalmente depois de alguma pressão ele me disse que apesar de um ano excelente com minha batida de bola, ele chegou à conclusão de que muito trabalho e muita energia são gastos na manutenção de um swing que não é natural para mim e como consequência, pouco tempo sobra para aprimorar meu jogo curto, principalmente o putter, que são meus problemas reais a cada ano.

Sua proposta para 2017 então será de um movimento mais natural, utilizando minha tendência natural de movimento, apesar de imperfeito, e agregando alguns pequenos ajustes para que certos erros sejam compensados com frequência e sucesso.

Especificamente falando, trata-se do meu backswing, que invariavelmente é feito com a cara do taco fechada em relação a meu objetivo. Essa é uma tendência que tenho desde criança e que há 15 anos trato de corrigir sem muito sucesso ou consistência. O processo de correção dessa parte do meu swing causa com frequência o desconforto na hora da pressão e me toma muitas horas semanais de pratica, o que impossibilita que tempo necessário seja usado para aprimorar meu jogo curto.

Em 2017, vou jogar com a cara do taco fechada, porém farei ajustes de pontaria e de swing path (direção na qual o taco se move durante o swing), transformando a mesma muito mais à direita do meu objetivo para que, com a cara fechada, produza um draw natural. Esse método produzirá muito mais consistência, além de um tipo de voo de bola sempre igual, o que por sua vez me ajudará a eliminar um lado inteiro de cada buraco.

Eu nunca joguei assim antes. Nunca tive o mesmo voo de bola com todas as tacadas, nunca pude eliminar um lado do campo, sempre propício a errar tanto pela esquerda como pela direita. Agora, isso não será mais possível.

Como benefício extra, sem ter que investir tanto tempo em corrigir algo que é muito natural e consistente no meu swing, poderei por mais tempo no meu jogo curto e putting, que sempre foram meus principais problemas no jogo.

Espero que tudo funcione bem em 2017 e vamos com tudo para voltar ao PGA Tour.

Abraço e bom jogo,

Alexandre Rocha

 

Fonte: Confederação Brasileira de Golfe