Ranking brasileiro: Fanta e Barata fecham 2012 como nº 1 do Brasil

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Mesmo sem vencer nenhum dos cinco dos sete torneios válidos para o ranking amador brasileiro de golfe que disputou, o gaúcho Octávio Villar, o Fanta, terminou a temporada de 2012 como o golfista número 1 do Brasil, com o também gaúcho Leonardo Conrado em segundo lugar. No feminino, Lúcia Guilger, a Barata, que venceu três torneios, foi mais uma vez a número 1 do Brasil, com Carla Ziliotto, outra com duas vitórias, em segundo.

O fato de veteranos terminarem o ano como número 1 do Brasil antes de ser motivo de alegria para eles é razão de preocupação de todos os golfistas. O objetivo de qualquer circuito de alto rendimento é premiar os melhores e revelar e preparar novos valores para substituir as gerações que já tiveram seus dias de glória. Mas nada disso foi feito e tudo o que o Brasil tem conseguido com o atual sistema é perpetuar erros.

Contramão - A temporada de 2012 já começou na contramão da história, ao reduzir de 11 para apenas sete torneios os válidos para o ranking nacional, ainda assim com um deles, o Aberto da Bahia, sendo jogado depois de definidas as equipes brasileiras para o Mundial Amador e com poucos atrativos além de desfrutar da viagem. E isso na arrancada para o a volta do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio, em 2016.

Albert Einstein, uma vez definiu insanidade como "repetir uma ação, vezes e vezes sem conta, esperando obter resultados diferentes". Pois é o que o Brasil tem feito com seu golfe nos últimos anos, variando superficialmente a forma do ranking e nunca sua essência. Os resultados, como qualquer um poderia prever, sem ser nenhum Einstein, tem sido medíocres.

Regularidadade - Fanta terminou a temporada como número graças à sua regularidade - num terminou além de sexto - e a dois vice-campeonatos nos torneios finais (SP e BA). Conrado, o segundo colocado, foi um dos três que jogou seis dos sete torneios do ano, com uma vitória (DF), um segundo lugar empatado que lhe rendeu pontos de campeão (RS) e um quarto lugar no Amador do Brasil, único que contou com todos os amadores brasileiros que jogam no exterior.

A temporada só não foi perdida de todo por revelar dois novos jogadores para o resto do país: Daniel Ishii, de Teresópolis (RJ), que mesmo sendo o único a vencer dos torneios na temporada (RJ e BA), terminou em terceiro do ranking, e Cristian Barcellos, da Associação Golfe Público de Japeri (RJ), campeão brasileiro juvenil, que estreou no ranking adulto com um terceiro lugar (RJ) e um quarto (BA).

Destaques - Outra boa notícia foi a volta do gaúcho Paulo Davis às disputas do ranking nacional, com três Top 10 em cinco torneios, incluindo o vice-campeonato com pontos de campeão que partilhou com Conrado (RS). Pontuou em cinco dos seis torneios que disputou. O paulista Pedro da Costa Lima, o Pepê, que perdeu a liderança do ranking para Fanta, teve uma vitória (SP) e um segundo (PR) para fechar o ano em quarto lugar.

Os outros torneios da temporada foram ganhos pelo uruguaio Juan Cerda (RS) e por brasileiros que jogam nos EUA: Thomas Mantovanini (PR) e Rafael Becker (Amador). Além de Leonardo, o outro único a pontuar em seis dos sete torneios foi o paulista Ivan Tsukazan, do Damha, sexto do ranking. Ninguém jogou os sete torneios.

Feminino - Já no feminino, Lúcia Guilger, a Barata, jogou todos os sete campeonatos do ranking, venceu três (RS, SP e BA), foi duas vezes vice e nunca passou da quinta colocação. Carla Ziliotto, de volta às competições do ranking, venceu dois (DF e PR) em seis para terminar o ano em segundo, enquanto Ruriko, com uma vitória (RJ) e três Top 5, acabava em terceiro lugar. O outro torneio foi vencido pela paulista Nathalie Silva (Amador), que joga nos EUA.

Fonte: O portal brasileiro de golfe