Ranking Mundial: Martin Kaymer entra na briga

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A festa do inglês Lee Westwood já estava pronta para comemorar sua ascensão ao posto de número 1 do mundo no ranking mundial de golfe a ser divulgado na segunda-feira, 1º de novembro, quando o alemão Martin Kaymer apareceu para aguar o seu uísque. Tudo porque o campeão dos três últimos torneios válidos para o ranking europeu que disputou, incluindo o PGA Championship, decidiu jogar no Masters da Andaluzia, em Valderrama de 28 a 31 deste mês e, se vencer de novo, será ele e não Westwood, quem vai desbancar Tiger Woods após um reinado de 281 semanas ininterruptas como número 1 do mundo.

Westwood já poderia ter sido o número 1 do mundo se uma contusão na panturrilha da perna direita não o houvesse afastado do circuito nas seis semanas que antecederam a Ryder Cup. De volta ao batente após a vitória contra os Estados Unidos, Westwood seria o número 1 do mundo se terminasse entre os dois primeiros no Dunhill Links Championship, mas, com a volta das dores na perna, terminou em 11º. Se tivesse terminado em sétimo, bastaria para ser o número 1 esta semana, mesmo sem jogar em Portugal, para onde desistiu de ir por causa das dores na perna.

Possibilidades - Mesmo com sua volta planejada apenas para o HSBC Champions, da série mundial, no começo de novembro, na China, Westwood chegará à Ásia à frente de Woods no ranking mundial. Se vai ser em primeiro lugar, é outra questão, pois Kaymer, que passou para quarto do mundo esta semana, pode passar os dois e mais Phil Mickelson, o número 3 do mundo, de uma só vez se vencer na Espanha. Hoje, a diferença de Woods para Kaymer é de apenas 0,64 ponto.

Existe ainda a possibilidade de Kaymer passar Woods mas não Westwood, a quem o alemão considera o melhor jogador em atividade no circuito mundial. Os números não concordam com ele. Westwood é o jogador com mais pontos acumulados no ranking mundial nos últimos 24 meses (401,09), seguido por Kaymer (394,02), mas quando se trata apenas dos pontos ganhos em 2010, o alemão está disparado na frente com 330,02, contra 279,11 do inglês.

Defasagem - De uma forma ou de outra, o ranking mundial com base em 24 meses, não reflete hoje, como não refletiu no passado, a realidade sobre quem é o melhor jogador do mundo. Como a resposta independente do índice costumava ser Tiger Woods há mais de uma década, ninguém deu muita bola para isso, a não ser Vijay Singh, que viveu situação parecida em 2004, mas só foi assumir o primeiro lugar do ranking depois de vencer seis dos nove torneios que conquistaria naquela temporada.

Agora que o ranking mundial está na berlinda, pode-se esperar mais mudanças à vista. O ranking já foi divulgado apenas uma vez por ano, já considerou os pontos de três anos seguidos, adotou mínimos e máximos divisores, recalculou os pontos a ser distribuídos por torneio e agora que servirá de critério para as convocações olímpicas, pode-se esperar novas mudanças. O circuito mundial de golfe ficou ágil demais para levar em conta 24 meses de resultados, como comprova a situação de Woods, que não está nem entre os 50 jogadores que mais ganharam pontos este ano.

Fonte: Golfe.esp.br