Um debate prioritário sobre gestão de campos


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O debate sobre gestão dos campos merece prioridade quando Brasil realiza esforços para abrir caminhos para o bilionário turismo de golfe e são preparam campanhas publicitárias para atrair mais empresas e pessoas para o esporte.

Bahia aparece na liderança nas iniciativas para receber turistas de golfe. São Paulo resume as dificuldades que pode encontrar um turista internacional de golfe para jogar nos campos numa metrópole sem prioridade para esse segmento. A maioria dos poucos campos de golfe pertence a clubes tradicionais ou condomínios que somente aceitam os próprios sócios ou visitantes convidados por um deles. São exceções os campos abertos para não-sócios dispostos a pagar pelo direito de jogar ou green fee.

A maior metrópole sul-americana é palco de constantes e grandes eventos corporativos com a participação de muitos executivos internacionais que jogam golfe. A maioria deles volta sem jogar golfe na grande cidade. O tema da limitação real voltou à tona quando nas recentes reuniões convocadas pelo Bureau Nacional de Turismo de Golfe para atrair mais turistas foi indicado o exemplo de Buenos Aires que recebe 2.000 turistas de golfe por ano somente da Inglaterra. A região metropolitana de Buenos Aires conta com mais de 100 campos, uma oferta bem diferente da paulistana.

O diretor de desenvolvimento da Federação Paulista de Golfe, André Martins, pediu um esforço para sensibilizar os clubes paulistas para apoiar a iniciativa da Confederação Brasileira de Golfe (CBG) para receber mais turistas de golfe. A utilização dos campos em dias da semana de baixa freqüência de sócios poderia ser uma das soluções, até a abertura de novos campos públicos ou comerciais que contribuiriam para elevar a oferta e reduzir preços e exigências.

Brasil conta atualmente com 107 campos, com 41 projetos em estudo ou execução, a maioria no Nordeste. Bahia é o único pólo turístico reconhecido como tal, com quatro resorts com campo de golfe em operação. O turista de golfe gasta 50% mais por dia que o viajante tradicional é está na mira da Embratur. O turismo mundial de golfe é responsável pela movimentação anual de U$ 30.5 bilhões, de acordo com a IAGTO, que agrupa os operadores do segmento.

Um dos poucos campos próximos a São Paulo totalmente aberto a golfistas visitantes é o Vista Verde em Araguaçiguama. O campo com a gestão da família Hiragami foi cenário do torneio patrocinado pelo grupo LogicaCMG para celebrar um re-branding na área de tecnologia. Sob a marca global Logica, o grupo unificou as marcas Edinfor, Unilog e WM-data.

Fermin Fautsch, CEO da Logica South América, disse estar entusiasmado com as oportunidades que a marca Lógica e o compromisso empresarial proporcionarão a operação da empresa. Fautsch entregou o premio Takashi Matzuda e Ramon Corominas, vencedores individuais no torneio prestigiado por maioria de executivos.

* Guillermo Piernes é consultor corporativo, palestrante. Colunista da Gazeta Mercantil e da revista Golfe Digest. Autor de Liderança e Golfe. piernes@yahoo.com, www.golfenegocios.com.br