Brasileiro é bonzinho
Numa recente edição da revista Golf e Turismo tentei analisar porque Brasil celebra avanços nas competições internacionais porem está abaixo do seu potencial em recursos humanos, financeiros, clima e nos 120 campos espalhados no seu gigantesco território de clima ameno.
Vou sintetizar o escrito na excelente revista de golfe brasileiro. A razão básica desse morno desempenho nas competições internacionais para mim é que...Brasileiro é bonzinho...
Vejo muitos técnicos e pais muito tolerantes ou bonzinhos com atletas que poderiam render mais.
Para jogadores de alta competição não serve o treinador bonzinho porque ele tem a obrigação de extrair o melhor do atleta nem que seja com muito sacrifício, com dor, com renuncia a prazeres.
Cansei de ler e ouvir desculpas. Nada de mascarar resultados. Jogou bem classificou bem. Jogou mal não passou o corte. É simples.
Que estava frio, que estava quente, que fazia vento, que a grama. Alta competição e golfe profissional não processam desculpas, apenas resultados.
Nada de passar a mão na cabeça. Injetar na cabeça do atleta idéias e orientações para enxergar as falhas e corrigi-las.
Se o jogador desaba psicologicamente é outra coisa. Ai sim o treinador pode ser pai, mai, irmão para que o atleta recupere as forças e a confiança para seguir na luta. Se desabar sempre sugerir a esse golfista que jogue golfe apenas por diversão.
Alta competição é realmente outro jogo. Jogo duro, apaixonante e às vezes cruel. Mon Dieu! Eu não queria escrever sobre o percurso da vida.
* Guillermo Piernes é escritor. Autor de Liderança e Golfe, Comunicação e Desintegração na America Latina. Palestrante e consultor. piernes@golfempresa.com.br