Colunas

Quanto mais circulamos pelos diferentes campos e mais escutamos os colegas golfistas, mais claros são os efeitos da devastadora crise econômica do país.

Muitos golfistas navegam em águas tranquilas. Que bom! Porém boa parte dos golfistas está com problemas financeiros para manter o número de dias dedicados a sua paixão esportiva e alguns simplesmente desistiram do esporte.

Para os Abertos de poucos grandes clubes nada mudou como provam os do Damha, Terras de São José, Gávea, Itanhangá, Belém Novo, dentre outros. Excelente!

Outros clubes desistem dos seus torneios abertos por ter que estabelecer prioridades de sobrevivência sem poder arcar com a planilha de despesas apresentadas por algumas federações que em muitos casos chega a R$15 mil.

Um querido clube paulista teve de cancelar o seu Aberto porque confiou numa empresa de marketing e comunicação que pensou que estava fácil arrumar patrocínio.

Os Abertos, a festa máxima dos clubes de golfe, têm solução nestes tempos de crise.

Todo mundo gosta de mimos porém muitos golfistas que amam o golfe não se importarão se ganham ou não brindes, camisetas, bonés, ouvir bandas, verificar suas fotos nos sites oficiais ou que o Aberto sirva para o ranking estadual, nacional ou mundial.

Uns não ligarão que a competição tenha supervisão técnica ou se haverá cartolas participando ou se o arbitro é certificado por R&A. Outros não farão questão do handicap oficial e jogarão por jogar, para participar da festa, da confraternização magnífica proporcionada nos abertos e isso não pode ser perdido.

Em tempos de crise que se corte o supérfluo ou prescindível para salvar o espírito de golfe. Estou certo que os jogadores de golfe e os jornalistas golfistas farão tudo para divulgar esses abertos e manter a chama viva.

Essa chama ascende a paixão pelo golfe e sem paixão não há solução.

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa.   www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br