Parte do legado do campo olímpico não nos pertence


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O campo olímpico do Rio de Janeiro está se mostrando um pesado fardo para os amantes do golfe.

Para a maioria da população o legado mais visível do campo olímpico é de ser um capitulo mais da longa lista de escândalos de corrupção.

O campo onde foi disputado o golfe do Rio 2016 é completamente privado, foi construído com recursos do incorporador da área e forma parte dum dos maiores condomínios residenciais do luxo do litoral brasileiro.

O campo foi fruto de um entendimento entre a Prefeitura e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para viabilizar o cenário para o golfe, com generosas contrapartidas para o incorporador.

Os bens do Prefeito foram bloqueados por suposto favorecimento ilegal para o incorporador, em tanto que mais inquéritos estão em mãos dos procuradores públicos envolvendo os negócios da área e construção do campo olímpico.

Passados os Jogos, em novembro, a CBG passou a administrar o campo que deve ficar aberto ao público por dez anos.

O presidente da entidade matter do golfe brasileiro, Paulo Pacheco, informou que o custo de manutenção mensal seria de R$ 350 mil.

No delicado momento do golfe brasileiro a maior prioridade de investimento seria nesse campo semeado com tantas suspeitas?

Não seria melhor que o dono do campo resolva, ou como diz um ditado nordestino "quem pariu Mateus que o balance" para depois decidir?

Talvez chegou o momento da CBG dar um esclarecimento factual e realístico sobre a gestão do campo olímpico da CBG. 

Esse esclarecimento seria "para bem de todos e felicidade geral...". Se é pedir demais, nossas antecipadas desculpas.

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa.   www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br