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Nos países onde o golfe está realmente desenvolvido foram construídos campos públicos ou transformaram em comerciais ou semiabertos boa parte dos campos privados.

Nos Estados Unidos existem 15.700 campos de golfe com mais de 60% deles públicos. “A clave é fomentar a construção de campos públicos”, comentou o profissional de elite espanhol Alvaro Quirós se referindo ao crescimento do golfe na Espanha. Ele começou a jogar na pequena San Roque, Cadiz, onde foi construído o primeiro campo público espanhol.

A maioria dos campos da África do Sul são públicos ou comerciais, ou seja, que com o pagamento do green fee qualquer jogador com handicap pode jogar. Na Austrália o golfe é muito barato e são comuns os carnês anuais para jogar algumas vezes em quatro ou seis campos pelo preço total equivalente a R$ 400. Na Escócia, o histórico St. Andrews nasceu e permanece como campo público. Na Argentina existem vários campos públicos, um deles em Palermo, área nobre de Buenos Aires.

No Brasil o campo de nove buracos de Japeri RJ e o de pitch & putt do Embrase Golf Center SP são as atuais opções públicas, além de clubes abertos a visitantes como Terras de São José, Damha Golf Club, VistaVerde, Santos São Vicente Golf Club, Champs Privès, Guarapiranga, Lago Azul, entre outros.

E o campo olímpico do Rio de Janeiro? Como legado olímpico foi estabelecido inicialmente que esse empreendimento privado seria um campo público por 25 anos com a contrapartida da mudança do gabarito predial de região. O gabarito mudou, mas o prazo legal para utilização como campo público foi encurtado para 10 anos. Também resta o tema dos preços para a sua utilização. Vamos torcer, ouvidas as promessas de campanha, para que a generosidade e a bondade prevaleçam. Somente isso.

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe – O Poder do Jogo na Vida Corporativa. www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br