O preto e branco sem golfe


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Para quem passou várias décadas jogando golfe várias vezes por semana ficar sem praticar durante u mês - no meu caso por razões profissionais e uma cadeia de viagens de trabalho na área de comunicação - resulta uma eternidade. A vida passa a ser vivida em preto e branco.

Dá a impressão que ficamos fora da roda que movimenta a alegria e a confraternização no mundo. Que estamos sem ingresso para um espetáculo ao mesmo tempo familiar e misterioso, salvo que o leitor com poderes mágicos conheça que vai acontecer cada vez que pega o driver.

Informo que também existe vida intensa fora dos campos de golfe. Por exemplo, em Brasília participei do campeonato brasileiro e internacional de vôo livre. Para quem já voou de asa delta pode dispensar o resto do texto. Para quem acreditava como eu que nos fins de semanas o único programa possível é jogar golfe, pode acabar o texto.

A minha participação foi apenas ajudando a um amigo piloto na conferencia dos equipamentos antes de pular para um abismo de 400 metros e depois acompanhar por radio o vôo do piloto caso não chegasse a terra no local previsto, neste caso a 70 quilômetros do ponto de saída na Esplanada dos Ministérios de Brasília.

Gosto de voar em aviões cheios de turbinas. Gosto de fazer voar a bola de golfe. Voar sem motor e com assas de nylon e pequenos tubos de alumínio, não é a minha preferência. Porém estou certo que voltarei a jogar um melhor golfe após a experiência com o vôo livre. Para pular no abismo se requer basicamente determinação sem qualquer dúvida. É o mesmo mecanismo para bater o primeiro drive ao inicio do torneio. Para voar ou fazer a bola devemos eliminar o medo de ser feliz.

*Escritor , consultor e palestrante. Autor de Liderança e Golfe – O Poder do Jogo na Vida Corporativa -.www.guillermopiernes.com.br, www.golfempresas.com.br