Copa Los Andes: Equipe masculina do Brasil cai para o último lugar e é rebaixada

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Depois de estrear com uma vitória sobre a forte equipe da Argentina, que acabaria levando seu terceiro título consecutivo do Campeonato Sul-Americano de Golfe por Equipes – Copa Los Andes 2023, disputado de quarta-feira a sábado, 22 a 25 de novembro, no Club Campestre de Cali, na Colômbia, o Brasil não venceu nenhum  dos outros sete jogos e terminou em nono e último lugar da chave masculina, sendo rebaixado em 2024, quando fica fora da competição, na Argentina. Já o time feminino, terminou em quinto lugar empatado com Argentina e Uruguai, sua melhor colocação desde o quarto lugar em Córdoba, em 2015.

Com uma forte equipe, encabeçada por Andrey Xavier, segundo melhor sul-americano do ranking mundial amador de golfe (WAGR), e líder do ranking brasileiro, o time teve ainda Matheus Balestrin e Marcos Negrini, números 2 e 3 de ranking nacional; Thomas Choi, sétimo melhor brasileiro do WAGR, que joga nos EUA, e Renato Silva Filho, 21º brasileiro do WAGR, que também joga nos EUA. Pedro Garcia foi o capitão do time e André Conolly o treinador masculino.

Histórico – A última vez que o time masculino do Brasil havia sido rebaixado foi em 2016, no Peru, quando ficou em último lugar e não jogou na Los Andes seguinte, na Bolívia. Mas o time retornou forte em 2018, em Montevidéu, onde terminou empatado em primeiro com a Argentina, mas foi campeão nos critérios de desempate. Desde então, foi duas vezes quarto colocado e uma vez quinto. E tinha tudo para repetir essas posições não fossem suas duas derrotas por 6 x 2 na rodada final, para Paraguai e Bolívia.

O destaque do time masculino foi Andrey, que venceu quatro de seus oito jogos, empatou dois e perdeu e (4-2-2). A seguir, ficou a dupla de Negrini e Renato, que não foi mudada nas quatro rodadas, e ganhou três e perdeu cinco jogos (3-0-5). Balestrin, venceu dois jogos, empatou 1 e perdeu cinco (2-1-5), e Choi teve o pior desempenho, com duas vitórias e seis derrotas (2-0-6).

Tricampeã – A Argentina, que vinha de um título em Porto Alegre, em 2022, conquistou o tricampeonato da Los Andes, sua 43ª vitória em 77 edições da Los Andes. O time jogou com Segundo Oliva Pinto, Andrés Schönbaum, Vicente Marzilio, Joaquín Ludueña e Juan Martín Loureiro. Francisco Aleman foi o capitão, e Juan Ignacio Gil o treinador. A Argentina começou muito mal, perdendo para o Brasil e empatando com o Peru, na estreia, mas depois ganhou quatro jogos e empatou dois para somar 11 pontos, em 16 possíveis.

A Colômbia, que vinha invicta em cinco jogos, perdeu os três últimos, incluindo seu confronto direto com a Argentina, para ficar em segundo, com 10 pontos. Equador e Peru dividiram o terceiro lugar, com 9 pontos, seguidos pelo Paraguai, com 8. Chile e Venezuela somaram 7 pontos cada, seguidos por Bolívia, com seis, e Brasil, com 5.

Feminino – O time feminino do Brasil foi encabeçado por Valentina Bosselmann, a número 1 do Brasil e quarta melhor sul-americana do WAGR, e teve ainda Maria Eugênia Peres, Marina Nonaka e Lauren Grinberg, segunda, terceira e quarta colocadas no ranking nacional, e Fernanda Lacaz, a 17ª do ranking nacional. Octávio Villar, o Fanta, foi o capitão da equipe, e Vinicius Muller o treinador.

O último bom ano do Brasil na chave feminina da Los Andes foi em 2014, quando o time ficou em quarto lugar. Depois disso, o Brasil se revezava entre o sétimo e o oitavo lugar, um deles lhe custando o rebaixamento, em 2017, na Bolívia. Por infelicidade do Brasil, as meninas do Uruguai, que ficaram em nono naquele ano, não puderam ser rebaixadas pois o torneio seguinte foi em seu país e elas tinham direito à vaga, como time sede.

Retrospectiva – Dois oito jogos, o Brasil venceu dois, contra Paraguai e Bolívia, empatou dois e perdeu quatro, inclusive os dois da última rodada, para o Peru e o Chile, quando ainda tinham chances de terminar em terceiro. Valentina teve o melhor desempenho da equipe, com 5 vitórias e três derrotas (5-0-3) seguida pela dupla de Nonaka e Lacaz que venceu quatro e perdeu quatro (4-0-4). Lauren veio a seguir, com duas vitórias, três empates e três derrotas (2-3-3), seguida por Maria Eugênia, com  duas vitórias, um empate e cinco derrotas (2-1-5).

O título ficou para a Colômbia, que venceu a competição feminina pela quarta vez consecutiva. O time jogou com Maria Hoyos, Cristina Ochoa, Maria Marín, Catalina Monroy e Ana Murcia. A capitã foi Juliana Murcia. Ochoa formou a dupla com Hoyos nos dois primeiros dias e com Murcia, nos dois últimos.

Tetracampeã – O Colômbia, que vinha de um título no Brasil, em 2022, foi campeã invicta, com seis vitórias e dois empates, somando 14 pontos, mesmo total que a Venezuela, que venceu sete jogos e perdeu um, mas ficou em segundo por ter perdido o confronto direto com a Colômbia, por 3 x 5, na rodada final. Peru ficou em terceiro, com 12 pontos, e Chile em quarto, com 9. Três equipes empataram com 6 pontos, mas o Brasil levou vantagem e terminou em quinto nos critérios de desempate, o número de buracos ganhos, seguido por Argentina e Uruguai. Bolívia ficou em oitavo, com 3 pontos e o Paraguai, com 2, terminou em nono em foi rebaixado.

Além dos dez jogadores, dos dois capitães e dos dois treinadores, a delegação brasileira teve Osmar da Costa Sobrinho, presidente da CBGolfe, como delegado e Eliane Balestrin e Rossana Quessa como fisioterapeutas. A delegação brasileira participou da Copa Los Andes 2023 com o apoio da Confederação Brasileira de Golfe e do Comitê Olímpico do Brasil, através de projetos com recursos da Lei das Loterias.

Resultados completos

Fonte: O Portal Brasileiro do Golfe