Amador do Brasil: Kenji perde por uma, mas ganha vaga na Los Andes e é o novo nº 1 do país

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Pela segunda vez em três anos e em toda a história do torneio, os brasileiros não ganharam nenhum dos títulos em disputa no Campeonato Amador de Golfe do Brasil, que teve sua 89ª edição jogada de quinta-feira a domingo, no Campo Olímpico do Rio de Janeiro (RJ). Mas o país chegou perto no masculino, com Daniel Kenji Ishii, do Itanhangá, perdendo o título por apenas uma tacada para o equatoriano Felipe Garces, um dos três líderes da véspera. No feminino, a paraguaia Maria Fernanda Escauriza foi a terceira estrangeira consecutiva ao levar o título da maior competição amadora de golfe do Brasil.

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Nas competições internacionais de duplas por equipes, o Brasil não teve chances de lutar pelos títulos. Na Taça Mario Gonzalez, masculina, jogando com Fred Biondi, que joga nos EUA e Andrey Xavier, do Belém Novo, ficou em terceiro, 12 tacadas atrás da Argentina que se confirmou como a maior ganhadora do Amador do Brasil, com seis títulos, incluindo quatro vitórias seguidas, de 2016 a 2019. No feminino, na inaugural Taça Beth Nickhorn, entregue pela homenageada, a maior ganhadora do torneio – assim como Mário, no masculino – o Brasil, jogando com Nina Rissi, que vive na Espanha, e Lauren Grinberg, que defende o Lago Azul, mas joga nos EUA, terminou em quinto, 16 tacadas atrás da campeã Venezuela.

Número 1 – O grande destaque do Brasil no torneio reduzido de 72 para 54 buracos, por causa de interrupções nos dois primeiros dias, foi Kenji, que fez o segundo melhor resultado da volta final para ser o vice-campeão, com 218 (72-77-69) tacadas, cinco acima do par e apenas uma atrás de Garces, que venceu com 217 (75-71-71), quatro acima, sem nunca ter quebrado do par do campo. Apesar de dois duplos bogeys neste domingo, Kenji fez seis birdies, dois deles nos três buracos finais, para ser líder na sede até a chegada de Garces, que fez birdies no 15 e 16 e confirmou a vitória com par nos dois buracos finais.

Kenji não conseguiu o título, mas tem o que comemorar. Com o título do Honda Open – Campeonato Bandeirantes, na semana anterior, e os pontos de campeão (melhor brasileiro) no Amador, ele deverá aparecer esta semana, quando a lista oficial foi divulgada, como o novo número 1 do Brasil, superando Andrey, que terminou em oitavo, com 225 (71-81-73), 12 acima, e levou os pontos de vice-campeão.

Como o torneio valeu apenas 70% dos pontos previstos, por causa do cancelamento de uma rodada, Andrey ainda seria o número 1, não fosse o bônus de 4 pontos que Kenji ganhará per ter jogado quatro abaixo (218) do “score base”, que é o course rating do campo, multiplicado pelos dias de jogo (222). Pelos cálculos que antecipamos, Kenji deverá ter 160 pontos, contra 159 de Andrey. Mas é preciso esperar a lista oficial.

Los Andes – Kenji também foi primeiro a garantir vaga na equipe brasileira que disputará a Copa Los Andes, o Sul-Americano de Golfe por Equipes, em Assunção, no Paraguai, no final de novembro. Os outros quatro integrantes da equipe serão o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial amador de golfe (WAGR), em 16 de outubro, os dois primeiros do ranking nacional, após o Aberto do Itanhangá (11 a 13 de outubro), pulando os que já têm vaga pelos critérios anteriores, e mais uma escolha. Se a convocação fosse hoje, a vaga de melhor do WAGR ficaria para Biondi, e dos melhores do ranking nacional, pulando Kenji, seriam Andrey e provavelmente Gui Grinberg, que pode aparecer em terceiro lugar do ranking esta semana.

Andrey terminou em oitavo, uma tacada à frente de dois juvenis do São Paulo GC, que somaram 226: Thomas Choi (76-77-73) e Gui Grinberg (72-79-75). Matheus Park, do Paradise, empatou em 11º, com 228 (75-81-72). Biondi, o parceiro de Andrey na dupla brasileira, ficou em 15º, com 232 (74-78-80). Dos 52 jogadores que completaram as três rodadas – houve cinco desistências – apenas cinco, incluindo Kenji – jogaram ao menos uma rodada abaixo do par. O peruano Patricio Freundt-Thurne, quarto colocado com 220 (68-82-70), foi o único a conseguir isso duas vezes. Os campeões da Taça Mario Gonzalez foram os argentinos Juan Ignacio Noba (222) e Leandro Correa (223), quinto e sexto colocados no individual.

Feminino – No feminino, a paraguaia Maria Fernanda Escauriza venceu de ponta a ponta, com 222 (73-74-75) tacadas, nove acima, três à frente da uruguaia Jimena Marques Vazquez (74-76-75) e da venezuelana Valentina Gilly (73-75-77). Nina Rissi ficou em nono, com 231 (78-80-73), como a melhor brasileira, garantindo vaga na Los Andes por antecipação. Lauren Grinberg, que fez a melhor volta do torneio feminino no sábado, foi a segunda melhor brasileira, com 236 (81-72-83). Ela permanece como a número 1 do Brasil e melhor brasileira do ranking mundial. Houve apenas oito brasileiras entre as 32 que terminaram o Amador. Uma desistiu.

A argentina Agustina Gomez Cisterna, campeã de 2017, terminou em quarto, com 226 (74-75-77), enquanto a peruana Micaela Farah, que defendia o título, acabou em sétimo, com 230 (77-78-75). A Venezuela levou a Taça Mario Gonzalez, jogando com a irmãs Valentina, terceira colocada, e Vanessa Gilly, que empatou em quarto, com 226 (75-75-76).

Fonte: O Portal Brasileiro do Golfe