The R&A e USGA criarão sistema de handicap único no mundo

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O The R&A e a USGA (United States Golf Association), as duas entidades responsáveis em conjunto pelas Regras de Golfe, anunciaram na manhã desta quarta-feira a criação do Sistema Mundial de Handicap, o World Handicap System (WHS).

Atualmente, mais de 15 milhões de golfistas em mais de 80 países possuem handicap, um índice numérico utilizado como referência de sua habilidade.

No momento, os handicaps são calculados por seis sistemas diferentes ao redor do mundo, conduzidos pela Golf Australia, pelo Council of National Golf Unions (CONGU), pela European Golf Association (EGA), pela South African Golf Association (SAGA), pela Asociacion Argentina de Golf (AGA, na sigla em inglês) e pela USGA. O Brasil utiliza há pouco mais de dez anos o sistema da USGA.

A criação de um sistema único de handicap vem sendo discutida há dois anos por organizações de golfe do mundo todo. O novo sistema levará em conta as diferentes culturas do esporte e os formatos de jogo mais comuns. Os sistemas atuais vêm sendo estudados para que seus pontos fortes sejam identificados, como course rating (avaliação dos campos) e administração.

Um comitê conjunto entre a USGA e o The R&A foi formada, com a participação de representantes de cada sistema de handicap e da Japan Golf Association e Golf Canada.

As propostas para o novo sistema, assim como o cronograma de implementação, serão anunciadas ainda este ano.

“Já percebemos há algum tempo que muitos golfistas acham o sistema de handicap complicado e se frustram quando não é aplicado da mesma maneira em diferentes partes do mundo”, diz Martin Slumbers, executivo-chefe do The R&A.

“Um aspecto maravilhoso do golfe que o separa de outros esportes é a possibilidade de jogadores de habilidades diferentes jogarem em bases iguais por meio do handicap. Com um sistema global, campos de golfe poderão ser medidos e handicap serão calculados de maneira semelhante em todo o mundo. Reduzir fronteiras e barreiras para proporcionar uma maneira simples de todos jogarem juntos é ótimo para o golfe e golfistas de todos os lugares”, diz Mike Davis, CEO da USGA.

“A CBG já vem acompanhando essa discussão há algum tempo e apoia incondicionalmente a iniciativa, que só vai trazer benefícios para o golfe de uma forma geral”, diz Daniel Neves, diretor de Regras e de Relações Institucionais da entidade, que é responsável pelo gerenciamento do sistema de handicap no Brasil.

Fonte: Confederação Brasileira de Golfe