Balanço pós Olimpíadas deve ser amplo e irrestrito...por JOSÉ CRUZ

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O balanço pós Olimpíadas

Por José Cruz *

BRASÍLIA (GOLFNEGOCIOS) - Balanço pós-Olimpíada é tradicional. Virá de todos os lados, da imprensa, principalmente. Espero que não se concentre só em pódios e desempenhos dos atletas, mas que contemple, também, as seguintes análises:

a) Dirigentes e suas longevidades nos cargos

b) O dinheiro liberado, principalmente das Estatais

c) Ministério do Esporte com abrangência nos seis ministros que por ali passaram.

Nos órgãos envolvidos auditorias são ações inexpressivas, tipo só para constar. É preciso investigação profunda a partir do Ministério do Esporte, de preferência uma varredura da Polícia Federal, principalmente na Lei de Incentivo, Convênios e Bolsa Atleta.

Nas estatais, ir diretamente no setor de marketing, onde são aprovados os projetos por diretores que ocupam cargos políticos-partidários.
Nas Confederações (dirigentes) uma auditoria nos balanços financeiros. Tem cada um!!!

Tudo isso retrocedendo a 2003, ano a ano, para que se tenha um balanço real dos investimentos, dos desperdícios e dos roubos.

As medalhas de nossos atletas e as que não vieram passam por este emaranhado de gestão/liberação de verbas públicas.

É muita grana... Em alguns casos fazendo água, como na natação...

A CBDA teve verbas de todas as fontes possíveis. Lei de Incentivo, com fortíssimo aporte do Bradesco; Convênios para tudo o que fosse preciso; dos Correios, para despesas de toda ordem e bolsa particular para nadadores de ponta, que ficaram pela metade da raia.

* José Cruz cobre há mais de 20 anos os bastidores da política e economia do esporte, acompanhando a execução orçamentária do governo, a produção de leis e o uso de verbas estatais na área esportiva. Esteve nas Olimpíadas de Seul-1988 e Sydney-2000 e trabalhou no Correio Braziliense, onde foi subeditor de Esporte, e no Jornal de Brasília. Foi blogueiro da UOL e a sua página no Facebook é uma das mais influentes do esporte brasileiro.

NR: No ciclo olímpico Londres-2012 até Rio-2016 o Brasil investiu em projetos olímpicos, com verba pública, R$ 3,68 bilhões, considerando Ministério do Esporte (R$ 2,11 bilhões), Lei Piva, que destina parte da arrecadação das loterias para o desporto olímpico e paraolímpico (R$ 700 milhões), estatais (R$ 650 milhões) e Forças Armadas (R$ 217 milhões). 

 

Fonte: Golf e Negócios