O maior investimento é tempo


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A realização dos Jogos Olímpicos no Brasil possibilitou a todas as modalidades participantes de obterem fundos públicos, de renúncia fiscal do Estado ou via COB – que recebe recursos das loterias federais - para preparar atletas de alta competição e divulgar cada esporte.

O golfe não foi exceção. Assim foram financiadas participações em torneios internacionais de profissionais e amadores, compra de equipamentos, viagens de dirigentes, realizadas outras atividades, e foi fechada uma parceria publico privada para a construção do campo do Rio de Janeiro em troca de mudança de gabarito predial em áreas da Barra de Tijuca de seis para 18 andares.

O tempo passa rápido. Desejemos que o legado dos jogos seja o maior possível. Que o campo olímpico seja realmente aberto a todo público por décadas e fique livre das suspeitas de irregularidades após as investigações abertas e gestão transparente dos responsáveis.

Que mais praticantes cheguem ao golfe porque a gravíssima crise econômica e política deverão fechar bastante as torneiras do investimento público no esporte após os Jogos, quando o atendimento nos hospitais públicos carece de recursos compatíveis com a demanda assim como aumenta a precariedade no sistema educacional.

Na preparação para esse quadro previsível merecem destaque iniciativas exclusivamente privadas para aumentar o ingresso de novos golfistas como os torneios do Pé Duro da APG, que se realizam todas as terças feiras no Embrase Golf Center.

Nomes de excelentes jogadores juvenis como Thomas Choi, se unem a veteranos e iniciantes entre os participantes dos torneios da APG, associação que começou uma década atrás apenas como uma reunião de amigos amantes do golfe, sem fins lucrativos ou de projeção política.

Entre as iniciativas para o próximo cenário previsível merece destaque o esforço de vários clubes oferecendo aulas gratuitas para aumentar o número de praticantes e tentativas de atrair as famílias para os clubes.

Destaque também o trabalho de instrutores que buscam passar rapidamente conhecimento sem tornar alunos em pacientes crônicos. O tempo vale ouro e o aumento do número de praticantes é vital.

A recente entrevista de Ricardo Agüero, diretor do Costão Golf de Florianópolis para um importante canal de televisão foi ótima. Perante o questionamento sobre o custo dos equipamentos ou de green fees como obstáculo para atrair novos praticantes Agüero respondeu: "O maior investimento que o golfe requer é tempo".

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa.   www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br