O porque do voto de confiança para Euclides Gusi


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O presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG), Euclides Gusi, tem o meu voto de confiança apostando que trabalhará pelos interesses maiores do golfe, sem ficar amarrado às benesses do cargo e nem utilizar essa cadeira focando prioritariamente os seus negócios pessoais.

A esta altura do campeonato traz décadas de ser privilegiado observador tenho o compromisso apenas com a ética. Não estou na folha de pagamento de cartolas, não recebo para puxar o saco, nem vender fantasias.

O golfe brasileiro tem menos golfistas federados que no ano 2000, com os piores resultados internacionais dos últimos 50 anos, escassos patrocinadores, vários clubes em situação de penúria, segmento profissional ainda mais debilitado.

Passou a fantasia dos Jogos, que mais que legado para o Brasil deixou uma grande ressaca, salvo para os expertos em negociatas.

O dinheiro público mais escasso, descredito de várias confederações por corrupção ou péssima aplicação dos recursos como financiamento exagerado de viagens e despesas de cartolas além de altos honorários para dirigentes ou equipes técnicas de magros ou catastróficos resultados.

Gusi deve tentar uma retomada para o golfe, lidando com algumas federações historicamente complicadas e alguns egos de tamanho GG.

Depois de uma longa e franca conversa, olho no olho, sinto que Gussi poderá sair da linha de dirigentes satisfeitos em fazer crescer apenas as benesses do poder, com amnésia em relação a compromissos e objetivos maiores com o desenvolvimento do esporte.

Adianto que a CBG não dilapidará um centavo a partir de agora com o chamado campo olímpico do Rio, que na verdade é um campo privado dentro de um condomínio de alto luxo.

Esse campo é uma iniciativa que está na mira do Ministério Público pelas generosas contrapartidas outorgadas aos empreendedores durante a gestão do governador Sergio Cabral, atualmente preso por alta corrupção.

Um dos desafios será conseguir que o Brasil classifique um homem e uma mulher para os Jogos de Tóquio, em 2020, com o melhor classificado no ranking masculino da atualidade com 44 anos e a melhor das mulheres no lugar 468 do ranking mundial.

Os profissionais terão a oportunidade de correr atrás de patrocínio para o seu circuito nacional com o apoio da CBG por ser um projeto com incentivos fiscais.

Os projetos para divulgação do golfe serão reavaliados para eliminar a demagogia e buscar resultados. Poderá haver um trabalho junto às empresas.

Haverá um esforço para que o handicap diminua na sua importância para ganhar troféus, começando pelas categorias infantis e juvenis, assim os jovens se acostumarão a competir e não em tirar vantagens.

Gussi e a sua equipe preparam um Plano Estratégico para o golfe brasileiro. Tomara seja muito bom.

O que sim afirmo que o novo presidente da CBG sabe ouvir, é claro e direto nos seus conceitos, tem a humildade dos bons golfistas. Sinto que é um dirigente que pode contribuir positivamente. Tenho dito.

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa.   www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br